Unidade de Conservação e Desmatamento na Amazônia: Análise do Parque Estadual de Guajará Mirim em Rondônia/Brasil.

Autores

  • Helen Rose Oliveira da Silva universidade Federal de Rondônia
  • Siane Cristhina Pedroso Guimarães Silva Universidade Federal de Rondônia
  • Maria Madalena de Aguiar Cavalcante Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v13i32.5489

Palavras-chave:

Desmatamento, unidade de conservação, preservação, monitoramento

Resumo

A criação e consolidação das Unidades de Conservação são o aporte para a manutenção da biodiversidade, em especial para Amazônia. A gestão destes territórios requerem instrumentos que facilitem e auxiliem o monitoramento destas, a exemplo das geotecnologias as quais propiciam a compreensão do território analisado com baixo custo e precisão nas informações geradas. Nesta perspectiva, o presente artigo objetiva a análise do desmatamento na Unidade de Conservação de proteção integral Parque Estadual de Guajará Mirim, que abrange os municípios de Guajará Mirim e Nova Mamoré localizado no estado de Rondônia. A escala temporal levou-se em consideração o quadriênio de 2015, 2016, 2017 e 2018, por ser estes anos de intensas interferências na unidade. A interpretação foi a través de imagens satélite LANDSAT 8 dos respectivos anos, para análise geoespacial. Verificou-se que o total de desmatamento acumulado no Parque até o ano de 2018 foi de 10.370,7 hectares, o que representa um total de 5,1% de sua área sendo este, um valor expressivo para uma unidade de proteção integral. Sob está óptica, é possível afirmar, que o processo de preservação desta unidade se contrapõe a preservação, tendo em vista os conflitos territoriais existentes no interior e no entorno do Parque. No quadriênio analisado foi possível verificar agravantes interferências no Parque, mesmo possuindo bases fixas de controle e fiscalização, tem ocorrido intensas disputas por terras com destaque nacional, invasões e comercialização de terras e madeiras de valor comercial, além do elevado quantitativo de focos de queimadas que contribuem no aumento desse desmatamento.

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Biografia do Autor

Helen Rose Oliveira da Silva, universidade Federal de Rondônia

mestre e doutoranda pelo Programa de Pós Graduação Mestrado e Doutorado em Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Atuo na área do meio Ambiente e sistema urbano.

Siane Cristhina Pedroso Guimarães Silva, Universidade Federal de Rondônia

mestrado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008). Atualmente é professora adjunto IV do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: sensoriamento remoto, sistema de informação geográfica, geoprocessamento, cartografia, zoneamento.

Maria Madalena de Aguiar Cavalcante, Universidade Federal de Rondônia

Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Paraná. Líder do Grupo de Pesquisa em Geografia e Ordenamento do Território na Amazônia GOT-Amazônia. Atua na linhas de Pesquisa: Dinâmicas Territoriais e Meio Ambiente com ênfase conflitos socioambientais, unidades de conservação, mudança no uso e cobertura da terra e impactos ocasionados pela implantação de grandes obras de infraestrutura (hidrelétricas, rodovias e hidrovias) na organização do território na Amazônia, Crimes Ambientais.

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Publicado

30/08/2019