Barqueiros do tocantins e a usina hidrelétrica estreito

a (in) sustentabilidade do turismo local

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v17i44.4840

Palavras-chave:

Usina Hidrelétrica Estreito, Barqueiros, Turismo, Insustentabilidade

Resumo

No presente artigo tratamos da concepção de turismo local sustentável e perspectivas socioeconômicas voltadas para o desenvolvimento regional. Expomos também a falácia do turismo como mitigador dos impactos socioambientais decorrentes das grandes obras hidrelétricas. Por fim, apresentamos os resultados de pesquisa realizada com barqueiros da Associação dos Barqueiros de Babaçulândia, no Tocantins, impactados pela Usina Hidrelétrica de Estreito (MA/TO) cujas representações refletem a insustentabilidade do turismo local pós-barragem na região, bem como os efeitos da exclusão social e espacial da categoria com perdas de postos de trabalhos e a extinção gradual de uma atividade exercida no rio Tocantins antes da formação do lago, envolvendo turismo local, sazonal e sustentável em praias naturais.

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Biografia do Autor

Ana Daisy Araújo Zagallo, Universidade Federal do Tocantins-UFT

Professora efetiva da Universidade Federal do Tocantins, campus de Palmas. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente da UFT. Mestrado em Comunicação pela Universidade de Marília-Unimar, especialização em Turismo – Planejamento, Gestão e Marketing pela Universidade Católica de Brasília-UCB e graduação em Comunicação Social – Relações Públicas pela Universidade Federal de Alagoas-UFAL. Tem experiência em Comunicação em saúde e marketing turístico, com interesse em comunicação e cultura ambiental.

Marina Hainzenreder Ertzogue, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo-USP. Professora do Curso de História e dos programas de pós-graduação em Ciências do Ambiente (UFT) e Comunicação e Sociedade (UFT). Bolsista Produtividade CNPq.

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Publicado

11/04/2024