O ser e o estar docente de Geografia nos anos iniciais
DOI:
https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v18i49.8069Palavras-chave:
Anos IniciaisResumo
O presente texto resultou de uma pesquisa de mestrado, em que se procurou investigar como está sendo realizada a mediação didática de Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF). Para tanto, as reflexões estão assentadas na questão da prática e concepção docente de Geografia na referida fase escolar. A discussão assinala a importância da construção de conhecimentos geográficos com as crianças, posto que esse componente curricular pode contribuir para a leitura do mundo vivido. Neste sentido, o texto objetiva debater sobre a prática docente do professor pedagogo nos anos iniciais do EF, além de refletir sobre as concepções de ensino apresentadas na mediação didática pelo professor(a) deste componente curricular. Tem-se como referenciais teóricos, autoridades nesse campo do saber, como: Alves; Queiroz (2019), Callai (2005; 2013; 2017), Lopes (2009;2014) Libâneo (2004; 2013; 2015), Freire (2010; 2021; 2022) e Vigotski (2010; 2014). Como fio condutor desta discussão, destaca-se que o ensino de Geografia deverá partir da realidade vivida da criança, a fim de favorecer a aprendizagem significativa dos conhecimentos geográficos. Para realizar essa discussão foi utilizada a pesquisa qualitativa, por meio de uma revisão bibliográfica e observação de aulas, em que foram observadas as concepções e práticas docentes acerca da construção dos conhecimentos geográficos com as crianças dos anos iniciais. Dessa forma, os resultados evidenciaram que ainda permeiam no ensino de Geografia práticas pedagógicas pautadas na pedagogia tradicional, em que o professor assume o papel central ao ministrar as aulas e com o uso recorrente do livro didático.
Palavras-chave: Ensino de Geografia. Anos iniciais. Prática docente. Concepção docente.
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