Regionalização, cidades e urbanodiversidade na Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v17i43.8062Palavras-chave:
Regionalização, Urbanização, Cidades, Urbanodiversidade, Amazônia BrasileiraResumo
Sustenta-se que a complexidade socioespacial amazônica exige reconhecimento de sua diversidade natural (biodiversidade), social (sociodiversidade) e urbana (urbanodiversidade). Para isso, mostram-se particularidades sub-regionais da Amazônia brasileira e a diversidade urbana delas decorrente. O argumento central considera a noção de espaço socialmente produzido e a perspectiva teórico-metodológica do desenvolvimento geográfico desigual e diferenciado, de forma a mostrar, a partir de diferentes tipos de cidades, a expansão de frentes capitalistas na região, assim como contrarracionalidades e resistências de natureza econômica, política e sociocultural que configuram o território regional internamente. Conclui-se, chamando a atenção para a necessidade de políticas territoriais e urbanas descentradas que estejam em plena sintonia com as particularidades regionais, de modo a garantir tomadas de decisão e formas de gestão que se contraponham às tendências de homogeneização do espaço regional e de padronização da vida urbana.
Downloads
Referências
BECKER, B. K. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990a.
BECKER, B. K. Fronteira e urbanização repensadas. In: BECKER, B. K.; MACHADO, L. O.; MIRANDA, M. (Org.). Fronteira amazônica: questões sobre a gestão do território. Brasília: UnB, 1990b. p. 131-144.
BECKER, B. K. Amazônia: geopolítica na virada do terceiro milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
BITOUN, J. Tipologia das cidades brasileiras e políticas territoriais: pistas para reflexão. In: BITOUN, J.; MIRANDA, L. (Org.). Desenvolvimento e cidades no Brasil: contribuições para o debate sobre as políticas territoriais. Recife: FASE, 2009. p. 17-44.
BROWDER, J.; GODFREY, B. Rainforest cities: urbanization, development and globalization of the Brazilian Amazon. New York: Columbia University Press, 1997.
COSTA, T. C. S. Santarém: mudanças e permanências na relação cidade-rio na Amazônia. Belém: NAEA, 201.
HARVEY, D. Justice, nature & the geography of difference. Oxford: Blackwell Publishing, 2004.
HARVEY, D. Espaços de esperança. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2006.
IBGE. Bases cartográficas contínuas: Brasil. 2019. 1 mapa (digital). Escala 1: 250.000. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/bases-cartograficas-continuas.html. Acesso: 31 ago. 2021.
IBGE. Regic – Regiões de Influência das Cidades. 2018. 1 mapa (digital). Escala 1: 250.000. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/redes-e-fluxos-geograficos/15798-regioes-de-influencia-das-cidades.html. Acesso: 31 ago. 2021.
IBGE. Ligações aéreas 2010: atualização: 2019-2020. 2021. 1 mapa (digital). Escala 1: 250.000. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organização-do-territorio/redes-e-fluxos-geograficos/15797-ligacoes-aereas.html. Acesso em: 31 ago. 2021.
LEFEBVRE, H. Le manifeste différentialiste. Paris: Gallimard, 1970a.
LEFEBVRE, H. La revolutión urbaine. Paris: Gallimard, 1970b.
LEFEBVRE, H. La survie du capitalisme: la re-productión de rapports de production. Paris: Anthropos, 1973.
LEFEBVRE, H. La productión de l’espace. Paris: Anthropos, 1974.
LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Moraes, 1991.
LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
MACHADO, L. O. Urbanisation et marché du travail en Amazonie brésilienne. In: DIAS, L. C.; RAUD. C. (Org.). Villes et régions au Brésil. Paris: L’Harmatan, 2000. p. 165-191.
MARTINS, J. S. As temporalidades da história na dialética de Lefebvre. In: MARTINS, J. S. (Org.). Henri Lefebvre e o retorno à dialética. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 13-23.
MARTINS, J. S. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, 1997.
MARX, K. O capital: crítica da economia política (livro 1). São Paulo: Bertrand Brasil, 1988a. v. 1.
MARX, K. O capital: crítica da economia política (livro 1). São Paulo: Bertrand Brasil, 1988b. v. 2.
MIRANDA, R. R. Interfaces do rural e do urbano em áreas de colonização antiga na Amazônia: estudo de colônias agrícolas em Igarapé-Açu e Castanhal (PA). 2009. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009.
MONTE-MOR, R. L. M. Urbanização e modernização na Amazônia contemporânea. In: LIMONAD, E.; HAESBAERT, R.; MOREIRA, R. (Org.). Brasil, século XXI: por uma nova regionalização? Agentes, processos e escalas. São Paulo: Max Limonad 2004. p. 112-122.
NUNES, D. A. Feiras-livres & feiras de exposição: expressões da relação cidade-floresta no sudeste paraense. 2015. Dissertação (Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.
OLIVEIRA, H. M. P. Santarém: circuito superior da economia e políticas públicas de ordenamento territorial. 2017. Monografia (Graduação em Geografia) – Faculdade de Geografia e Cartografia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.
OLIVEIRA, J. A. Cidades na selva. Manaus: Valer, 2000.
QUEIROZ, K. O. Integração e globalização relativizada: uma leitura a partir de Tefé no Amazonas. Curitiba: CRV, 2017.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
SANTOS, M. Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1982.
SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1986.
SANTOS, M. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. São Paulo: Hucitec, 1988.
SANTOS, M. A revolução tecnológica e o território: realidades e perspectivas. Terra Livre, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 7-17, 1992.
SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
SANTOS, M. Por uma economia política da cidade: o caso de São Paulo. São Paulo: Educ, 1994.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
SMITH, N. Desenvolvimento desigual. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
SWYNGEDOUW, E. A cidade como um híbrido: natureza, sociedade e “urbanização-cyborg”. In: ACSELRAD, H. (Org.). A duração das cidades: sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2001. p. 83-104.
TRINDADE, G. O. A cidade & a soja: impactos da produção e da circulação de grãos nos circuitos da economia urbana de Santarém-Pará. 2015. Dissertação (Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015.
TRINDADE JÚNIOR, S-C. C. Diferenciação espacial e formação de sub-região: o Baixo Tocantins na Amazônia oriental. In: SILVEIRA, M. R.; LAMOSO, L. P.; MOURÃO, P. F. C. (Org.). Questões nacionais e regionais do território brasileiro. São Paulo: Expressão Popular, 2009. p. 313-329.
TRINDADE JÚNIOR, S-C. C.; TRINDADE, G. O.; OLIVEIRA, H. M. P. Modernização do território e cidade média na Amazônia paraense: Santarém, entre horizontalidades e verticalidades geográficas. In: CASTRO, E. M. R.; FIGUEIREDO, S. L. (Org.). Sociedade, campo social e espaço público. Belém: NAEA, 2014. p. 89-104.
TRINDADE JÚNIOR, S-C. C. Regionalização, cidades e urbanodiversidade na Amazônia brasileira. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL CIUDADES PARA LA VIDA EN LA AMAZONIA, I, 2021, Bogotá, Memorias del I Simposio Internacional Ciudades para la vida en la Amazonia (Anales)... Bogotá, Instituto Amazónico de Investigaciones SINCHI, 2022. p. 238-253. Disponível em: https://www.sinchi.org.co/ciudades-para-la-vida-en-la-amazonia-memorias-simposio. Acesso em: 06 nov. 2022.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 ACTA GEOGRÁFICA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
PORTUGUÊS A Revista ACTA Geográfica deterá os direitos autorais dos trabalhos publicados. Os direitos referem-se a publicação do trabalho em qualquer parte do mundo, incluindo os direitos às renovações, expansões e disseminações da contribuição, bem como outros direitos subsidiários. Os(as) autores(as) têm permissão para a publicação da contribuição em outro meio, impresso ou digital, em português ou em tradução, desde que os devidos créditos sejam dados à Revista ACTA Geográfica.
ENGLISH ACTA Geográfica Journal will obtain the auctorial rights for all published texts. This also implies that the text can be published anywhere in the world, including all rights on renewal, expansion and dissemination of the contribution, as well as other subsidiary rights. The author’s get permission to publish the contribution in other medias, printed or digital, itmay be in Portuguese or translation, since the publication is credited to ACTA Geográfica Journal.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.