Influência e metropolização futebolísticas na Região Metropolitana de Chapecó

Autores

  • Fernando Rossetto Gallego Campos Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) - Câmpus Chapecó Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) http://orcid.org/0000-0002-7995-395X

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v17i43.6705

Palavras-chave:

Futebol, Geografia, Região Metropolitana de Chapecó, Identidade, Espaço de representação do futebol.

Resumo

O crescimento econômico, político, social e cultural de Chapecó, aliado à constituição da Região Metropolitana de Chapecó (RMC), põe em curso um processo de metropolização do espaço na região. Este processo é acompanhado pela metropolização futebolística, impulsionada pelo sucesso esportivo e administrativo da Chapecoense nos últimos anos. O objetivo deste artigo é analisar o perfil dos torcedores de Chapecó e dos municípios do Núcleo Metropolitano da RMC com mais de 10 mil habitantes (Xanxerê, Xaxim, Pinhalzinho, Seara, São Carlos e Coronel Freitas), a fim de subsidiar discussões sobre influência e metropolização futebolísticas. Para tal, aplicamos 2.324 formulários com questões sobre estruturações identitárias futebolísticas e padrão de consumo. Observa-se grande influência do espaço de representação do futebol de Chapecó nos demais municípios pesquisados, bem como considerável influência futebolística de Porto Alegre em toda RMC.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

“A CHAPECOENSE virou embaixadora do município”. REDECOMSC. 15 dez. 2014. Disponível em: <http://redecomsc.com.br/portal/noticias/esportes/A_chapecoense

_virou_embaixadora_do_municipio__19109>. Acessado em 22 abr. 2015.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/

constituicaocompilado.htm>. Acesso em 22 abr. 2015.

CARLOS, A. F. A. São Paulo: dinâmica urbana e metropolização. Revista Território. Rio de Janeiro - Ano VII – n. 11, 12 e 13, p. 77-90, set./out., 2003.

CHAPECÓ. Lei Complementar Nº 541, de 26 de novembro de 2014: Aprova o Plano Diretor de Chapecó – PDC. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a1/plano-diretor-chapeco-sc>. Acesso em 06 set. 2017.

CONSULADO da Chapecoense em Pinhalzinho inaugura outdoor. Imprensa Do Povo. Disponível em: <http://www.imprensadopovo.com.br/cidades/pinhalzinho/consulado-da-chapecoense-de-

pinhalzinho-inaugura-outdoor-1.1916919>. Acesso em 27 nov. 2016.

DAMATTA, R. A bola corre mais que os homens. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.

DAMO, A. S. Do dom à profissão: formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo: Aderaldo & Rothschild Ed., Anpocs, 2007.

FNEM. Fórum Nacional De Entidades Metropolitanas. Região Metropolitana de Chapecó. Disponível em: <http://fnembrasil.org/regiao-metropolitana-de-chapeco-sc/>. Acessado em 11 maio 2020.

FRANCO JUNIOR, H. A dança dos deuses. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

GALLEGO CAMPOS, F. R. Modificações nos espaço percebido, concebido e vivido em Chapecó-SC devido à Associação Chapecoense de Futebol no período de 2014 a 2016. Geosul (UFSC). v. 33, n. 68, p. 366-394, set./dez., 2018.

GALLEGO CAMPOS, F. R. Geografia do futebol das cidades médias brasileiras: relações entre sucesso esportivo características urbanas. Terr@ Plural. v. 14, n. 1, p. 1-21, 2020.

GALLEGO CAMPOS, F. R.; BETTONI, M. Análise da ocorrência de faltas escolares devido ao futebol em duas instituições do ensino de Chapecó, Santa Catarina. Caderno de Estudos Sociais. v. 1, n. 2, p. 88-102, jul./dez., 2016.

GIULIANOTTI, R. Sociologia do futebol. São Paulo: Nova Alexandria, 2002.

GOMES, P. C. C. A condição urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

HALL, S. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2005

HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codigo=420420?>. Acesso em 22 abr. 2015.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em 27 nov. 2016.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Região de influência das cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Região de influência das cidades 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.

LACOURT, C. L. Méthodologie de recherche et théorisation des villes. In: LACOUR, C. et PUISSANT, S. (Eds.). La Métropolisation. Croissance, Diversité, Fractures. Paris: Ed. Anthropos, p. 63-113,1999.

LEFEBVRE, H. A cidade do capital. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2008.

LEFEBVRE, H. The production of space. Oxford: Blackwell, 1991.

LENCIONI, S. A metamorfose de São Paulo: o anúncio de um novo mundo de aglomerações difusas. Revista Paranaense de Desenvolvimento. Curitiba, n. 120, p. 133-148, jan/jun 2011.

LENCIONI, S. Concentração e centralização das atividades urbanas: uma perspectiva multiescalar. Reflexões a partir do caso de São Paulo. Revista de Geografía Norte Grande. n. 39, p. 7-20, 2008.

MAFFESOLI, M. O tempo das tribos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

MAIA, C. M.; ROLIM, A. Metropolização: novas territorialidades, novas dinâmicas espaciais e novas condições de urbanização em cidades de maior influência no Oeste Catarinense. Colóquio – Revista do Desenvolvimento Regional. Taquara/RS - v. 10, n. 2, p. 09-19, jul./dez. 2013.

MASCARENHAS, G. Football, globalisation and local identity in Brazil. Esporte e Sociedade. Rio de Janeiro, v. 3: 1-14, mar./jun., 2008.

MASCARENHAS, G. Um jogo decisivo, mas que não termina: a disputa pelo sentido da cidade nos estádios de futebol. Cidades. Presidente Prudente, v. 10, n. 17, p. 142-170, 2013.

MATIELLO, A. M.; VILLELA, A. L. V.; FUJITA, C.; OTSUSCHI, C. ALBA, R. S. Chapecó/SC: o agronegócio, o setor terciário em expansão e a crescente desigualdade socioespacial. In: SPOSITO, M. E. B.; MAIA, D. S. (Orgs.). Agentes econômicos e reestruturação urbana e regional: Dourados e Chapecó. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2016.

MILANI, P. H.; SILVA, E. A. Centralidade urbana: um estudo do centro principal de Três Lagoas-MS. Geografia em Atos, n. 9, v.1, p. 1-10, 2009.

MORAES, S. T.; GUARDA, A.; ZACCHI, G. S. A caracterização das regiões metropolitanas catarinenses e o Estatuto da Metrópole. Geosul, Florianópolis, v. 33, n. 67, p. 38-60, mai./ago. 2018.

OLIVEIRA JÚNIOR, G. A Centralidade na problematização dos conteúdos da urbanização contemporânea nas cidades médias. Geografia. Londrina, v. 19, p. 63-84, 2010.

PEREIRA, E. M.; VAZ, M. J. M. Imagens urbanas: diretrizes de planejamento e desenho urbano baseadas na leitura popular de espaços públicos. Urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 2, p. 29-42, 2010.

RAVENEL, L. Hiérarchies urbaines, hiérarchies sportives : quand le football français s'écarte de la norme européenne. Espace géographique. v.27 n.4, p. 339-348, 1998.

RIBEIRO, L. C. Q; MOURA, R.; DELGADO, P.; SILVA, E. T. Níveis de integração dos municípios em RMs, RIDEs e AUs à dinâmica da metropolização. Relatório de pesquisa. Observatório de Metrópoles, dez., 2012.

SANTA CATARINA. Lei Complementar no 377, de 17 de abril de 2007: Institui a Região Metropolitana de Chapecó e estabelece outras providências. Disponível em: <http://www.leisestaduais.com.br/sc/lei-complementar-n-377-2007-santa-catarina-institui-a-regiao-metropolitana-de-chapeco-e-estabelece-outras-providencias>. Acesso em 22 abr. 2015.

SANTA CATARINA. Lei complementar no 571, de 24 de maio de 2012: Institui as Regiões Metropolitanas do Extremo Oeste e do Contestado e altera a Lei Complementar nº 495, de 2010, que institui as Regiões Metropolitanas de Florianópolis, do Vale do Itajaí, do Alto Vale do Itajaí, do Norte/Nordeste Catarinense, de Lages, da Foz do Rio Itajaí, Carbonífera, de Tubarão e de Chapecó. Disponível em: <https://leisestaduais.com.br/sc/lei-complementar-n-571-2012-santa-catarina-institui-as-regioes-metropolitanas-do-extremo-oeste-e-do-contestado-e-altera-a-lei-complementar-n-495-de-2010-que-institui-as-regioes-metropolitanas-de-florianopolis-do-vale-do-itajai-do-alto-vale-do-itajai-do-norte-nordeste-catarinense-de-lages-da-foz-do-rio-itajai-carbonifera-de-tubarao-e-de-chapeco>. Acesso em 11 maio 2020.

SANTA CATARINA. Lei complementar no 580, de 05 de outubro de 2012: Altera o parágrafo único do art. 11-A da Lei Complementar nº495, de 2010, que institui as Regiões Metropolitanas. Disponível em: <http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2012/580_2012_Lei_complementar.html>. Acesso em 11 maio 2020.

SERPA, A. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto, 2014.

SERPA, A. Teoria das representações em Henri Lefebvre: por uma abordagem cultural e multidimensional da geografia. GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 487-495, 2014.

SHIELDS, R. Lefebvre, love and struggle. London: Routledge, 1999.

SOJA, E. W. Thirdspace. Oxford: Blackwell, 1996.

THÉRY, H. Futebol e hierarquias urbanas no Brasil. Mercator - Revista de Geografia da UFC, v. 5, n. 9, p. 7-16, 2006.

TOLEDO, L. H. Brazilian soccer: symbolic dimensions of its practice. Soccer & Society. Londres, v. 15, p. 1-17, 2013.

VILLELA, A. L. V.; FUJITA, C.; ALBA, A. S. Centralidade no Oeste Catarinense: o papel de Chapecó. In: OLIVEIRA, H. C. M.; CALIXTO, M. J. M. S.; SOARES, B. R. (Orgs.). Cidades Médias e Região. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2017.

Downloads

Publicado

21/09/2023