Indicadores de desenvolvimento rural e sua relação com as políticas públicas da agricultura familiar: uma análise para as mesorregiões brasileiras

Autores

Palavras-chave:

Desenvolvimento rural, Políticas públicas, Mesorregiões brasileiras

Resumo

Este estudo mensura o índice de desenvolvimento rural (IDR) para as 137 mesorregiões brasileiras, mediante o método de índices parciais, em que se consideram os indicadores populacional (IPOP), bem-estar social (IBES), econômico (IDE), ambiental (IMA) e apropriação tecnológica (IAPT), e relaciona o IDR com o valor médio dos contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e com o valor das aquisições dos produtos oriundos da agricultura familiar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) por meio da correlação de Pearson. Os dados foram extraídos do Censo Agropecuário (2006), Censos Demográficos (2000 e 2010), Banco Central do Brasil (2010), Ministério da Educação (2010) e Companhia Nacional de Abastecimento (2011). Os resultados apontaram elevada heterogeneidade no desenvolvimento rural brasileiro. Das 137 mesorregiões brasileiras, as seis que se destacaram com maiores IDR foram: Distrito Federal (DF), Metropolitana de São Paulo (SP), Vale do Itajaí (SC), Ribeirão Preto (SP), Araraquara (SP) e Grande Florianópolis (SC). Em contrapartida, o Sudoeste Amazonense (AM), Norte Amazonense (AM), Centro Amazonense (AM), Sul Amazonense (AM), Agreste Pernambucano (PE) e Sertão Alagoano (AL) foram as seis que registraram os menores IDR. Ademais, constatou-se que o IDR apresentou moderada correlação com o PRONAF, correlação positiva baixa com o PNAE e não teve correlação com o PAA. Portanto, conclui-se que os melhores IDR estão presentes no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país, enquanto que os piores recaem no Norte e Nordeste.

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Biografia do Autor

Francisco Diego Guedes Ferreira, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Economista pela Universidade Regional do Cariri (URCA) e Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Economia Aplicada (GPEA).

Eliane Pinheiro de Sousa, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Pós-Doutora em Economia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), Professora do Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri (URCA) e Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).

Rogério Moreira de Siqueira, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Doutorando em Economia pelo Centro de Aperfeiçoamento de Economistas do Nordeste da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Professor do Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri (URCA).

Ahmad Saeed Khan, Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Regional do Cariri (URCA).

Ph.D em Economia Agrícola e Recursos Naturais pela Oregon State University, Professor do curso de Pós-Graduação em Economia Rural e PRODEMA da Universidade Federal do Ceará (UFC), Pesquisador Visitante do Departamento de Economia da Universidade Regional do Cariri (URCA) e Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).

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Publicado

01/09/2022