ANÁLISE DAS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS NO MUNICÍPIO DE NILÓPOLIS (RJ) A PARTIR DA ATUAÇÃO DO ESTADO

Autores

  • ENDERSON ALCEU ALVES ALBUQUERQUE UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • MIGUEL ANGELO RIBEIRO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v11i27.4535

Palavras-chave:

Estado, Nilópolis, Desigualdades socioespaciais.

Resumo

O movimento de urbanização alicerçado, sobretudo, a partir das demandas e ditames do capitalismo teve como resultado a criação de cidades nas quais as contradições sociais não aparecem como o residual do processo, mas se impõe como a lógica fundamental do sistema em si, especialmente para o caso das cidades latino-americanas. Neste cenário, entre os múltiplos papeis desempenhados pelo Estado, está o de mitigar os efeitos sociais mais nocivos da urbanização capitalista. Desta maneira, o presente artigo discute uma das materialidades existentes do modelo de cidade voltada para seu valor de troca, as desigualdades socioespaciais, contemplando, como recorte espacial o município de Nilópolis (RJ) e o papel desempenhado pelo poder público para esse processo. Para alcançar esse objetivo, consideramos a renda média dos domicílios de acordo com os dados do Censo Demográfico de 2010 e distribuímos tais rendimentos pelo espaço nilopolitano a partir de sua divisão em setores censitários. O resultado espacial apontou que, mesmo sem apresentar relevantes disparidades de renda entre sua população, o município é nitidamente marcado por desigualdades socioespaciais. As populações de menor renda se concentram nas periferias ao passo que as de renda mais elevada residem próximo a área central e usufruem das amenidades desse espaço. Nesse contexto, o Estado, o qual tem a premissa de regular o espaço urbano, acirra as desigualdades socioespaciais ao agir de modo ineficaz no tocante à busca de uma cidade socialmente mais inclusiva e quando, intencionalmente, estipula políticas públicas distintas para os bairros, como nas prestações dos serviços públicos.

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Publicado

01/01/2018

Edição

Seção

Artigos