De Santa Dica ao MST: a luta pela terra em Goiás

Autores

  • Marcos Paulo Françozi Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí
  • Danilo Souza Melo Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v12i28.4505

Palavras-chave:

Questão Agrária, Santa Dica, Ocupações, MST, DATALUTA

Resumo

Dentre as rupturas e continuidades dos movimentos de luta pela terra no campo brasileiro, os movimentos messiânicos destacam-se por suas contradições e pela violência com que foram combatidos pelas classes dominantes, dado os exemplos de Canudos e o do Contestado, frutos da condição social que os permeavam. Expropriados da terra e dos meios de produção, os sertanejos viam na religião a esperança de uma sociedade mais justa e igualitária. Não menos importante, outro movimento de cunho religioso emerge em Goiás em meados da década de 1920, no município de Pirenópolis. Liderado por “Santa Dica”, o movimento possuía um discurso contra o latifúndio, pois na visão religiosa da santa, não deveria haver propriedade privada, sendo assim um marco nos movimentos de luta pela terra no estado de Goiás. Diante do exposto, e, devido à ausência de literatura e estudos geográficos sobre o movimento de Santa Dica, buscamos nesse trabalho revisitar a história do movimento e discuti-lo dentro da geografia agrária dialogando com a luta pela terra na atualidade no estado de Goiás. Objetivamos ainda, mapear as ocupações de terra entre os anos de 1988 a 2015 a partir da sistematização de dados secundários sobre a luta pela terra em Goiás, por meio dos dados registrados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Banco de Dados da Luta pela Terra (DATALUTA). Com isso, averiguamos que as disputas no campo em Goiás se mantiveram, principalmente pela atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).

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Publicado

24/04/2018

Edição

Seção

Artigos