PRESSÃO URBANA NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL RAIMUNDO IRINEU SERRA (APARIS), CIDADE DE RIO BRANCO, ACRE, BRASIL

Autores

  • Ana Cláudia Pupim Acadêmico: Universidade Federal do Acre (UFAC) Profissional: Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC)
  • Maria de Jesus Morais Universidade Federal do Acre (UFAC) – Rio Branco (AC)

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v15i37.3318

Palavras-chave:

Raimundo Irineu Serra, unidade de conservação, territorialidades, produção do espaço urbano

Resumo

A Área de Proteção Ambiental Raimundo Irineu Serra (APARIS), unidade de conservação da natureza de uso direto, localizada na cidade de Rio Branco, Estado do Acre, Brasil, foi criada em 2005, no contexto do Centenário do Acre e, do Programa de Desenvolvimento Sustentável, do mesmo Estado. A partir da pesquisa de campo com observações locais mapeamos as tensões em torno da própria criação da unidade de conservação e o papel que tiveram a população residente na luta por sua criação. O núcleo histórico da APARIS é a comunidade do Alto Santo, localizada na Vila Irineu Serra, o primeiro e único centro de Daime fundado por Raimundo Irineu Serra é o Centro de Iluminação Cristã Luz Universal Alto Santo (CICLU Alto Santo). E, pelo menos outros três centros que se formaram após o falecimento do Mestre Irineu. Na periferia da APARIS se localizam os loteamentos urbanos mais recentes, que são resultados da política habitacional e/ou ocupações de terra sem vínculo cultural com o Daime, e, isso gera tensões com os seguidores da doutrina. Este artigo tem, portanto, como objetivo discutir o significado ambiental e cultural da criação da APA e, as tensões do entorno na área, principalmente os impactos sobre a cobertura vegetal, bem como as tensões relacionadas ao uso do solo, que colidem com as tradições da Doutrina. Do ponto de vista metodológico trabalhamos com entrevistas e com pesquisa bibliográfica e leitura das Atas das reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Deliberativo. Os mapas foram criados com a base de dados em ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG).

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Biografia do Autor

Ana Cláudia Pupim, Acadêmico: Universidade Federal do Acre (UFAC) Profissional: Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC)

Mestra em Desenvolvimento Regional, pela Universidade Federal do Acre (2016), Especialista em Geoprocessamento Aplicado à Análise Ambiental, pela União Educacional do Norte (2013), Bacharel em Engenharia Florestal, pela Universidade Estadual Paulista (2004). Desde 2010 é Engenheira Florestal do quadro pessoal efetivo no Estado do Acre, na Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (FUNTAC), vinculada ao Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA), como analista ambiental do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC). Possui experiência com comunidades tradicionais e Indígenas, é autodidata no estudo das Plantas Medicinais, com ênfase em Saboaria Natural, desenvolvendo atividades que aliam os saberes populares tradicionais com convenções acadêmicas e de licenciamento ambiental. Desenvolve atividades paralelas, com ênfase em Agroecologia, no Sítio São João, propriedade da família no interior do Estado de São Paulo, cidade de Piracicaba.

Maria de Jesus Morais, Universidade Federal do Acre (UFAC) – Rio Branco (AC)

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (licenciatura, 1993/bacharelado em 1994), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000), doutorado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2008) e pós-doutorado em Geografia Humana pela USP (2017-2018). Docente da Universidade Federal do Acre, com atuação nos cursos de graduação em Geografia, Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Geografia e Mestrado e Doutorado em Letras: linguaguem e identidade. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Política, Geografia da População, Teoria e Métodos atuando principalmente nos seguintes temas: produção do espaço urbano, redes migratórias e identidade, geografia histórica, processos de territorialização e discursos identitários. Foi Tutora do Grupo PET Geografia da Universidade Federal do Acre, do período de 2010 a 2011. E tutora do PET Conexões de Saberes - comunidades indígenas, em 2017. Atualmente é coordenadora do programa de pós graduação: mestrado em Geografia.

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Publicado

02/05/2021

Edição

Seção

Iniciação Científica