COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE SOLOS EM ESPÉCIES ARBÓREAS DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL

Autores

  • Fátima Verônica Pereira Vila Nova Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco
  • Maria Fernanda Abrantes Torres UFPE
  • Mariana Pessoa Coelho Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v11i27.3034

Palavras-chave:

Espécies de Mangue, Solo, Nutrientes, Granulometria

Resumo

As espécies arbóreas do ecossistema manguezal apresentam capacidade em alterar o estado dos solos adjacentes aos seus sistemas radiculares, desempenhando papel ativo em reações químicas nesse compartimento ambiental. As características físico-químicas do solo nos manguezais apresentam uma relação intrínseca com a vegetação. No Brasil, estudos que busquem avaliar essa relação são escassos. O presente estudo buscou avaliar a composição físico-química dos solos nas espécies arbóreas no manguezal do estuário do rio Maracaípe, Ipojuca/PE, Brasil, por meio de análises físico-químicas do solo nas espécies Rizhophora mangle, Laguncularia racemosa, Avicennia schaueriana e Conocarpus erectus. As espécies apresentaram características físico-químicas distintas àquelas encontradas em outros trabalhos em relação à temperatura, na medida em que as áreas mais amenas foram as de Rhizhophora mangle ao invés de Avicennia schaueriana. A salinidade parece não ser um fator limitante em Rhizophora mangle, que apresentou maior adaptação às variações de salinidade, enquanto que para a espécie Avicennia schaueriana, parece influenciar na sua distribuição. A concentração de Magnésio, Sódio, Cálcio e Pótássio, que chegam ao ecossistema pelas marés, indicam a forte influência marinha no estuário do rio Maracaípe. A fonte dos sedimentos com a característica predominantemente arenosa para o estuário pode estar relacionada com o desmatamento dos mangues, restinga e vegetação adjacentes. O maior aporte pluvial na primeira campanha impôs modificações nas concentrações dos macronutrientes nas espécies Laguncularia racemosa, Avicennia schaueriana e Conocarpus erectus, o que não ocorreu em Rhizophora mangle, que manteve o mesmo padrão nos dois períodos analisados.

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Publicado

01/01/2018

Edição

Seção

Artigos