INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA NA CALHA DO RIO SOLIMÕES: AVALIANDO A SECA DE 2010 NA AMAZÔNIA

Autores

  • Edivaldo Afonso de Oliveira Serrão Universidade Federal de Campina Grande- UFCG Departamento de Ciências Atmosféricas- DCA Programa de Pós-Graduação em Meteorologia- PPGMET. http://orcid.org/0000-0003-2376-847X
  • Aline Maria Meiguins de Lima Universidade Federal do Pará. Faculdade de Meteorologia. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais- PPGCA.
  • Francisco Assis Salviano de Sousa Universidade Federal de Campina Grande- UFCG Departamento de Ciências Atmosféricas- DCA Programa de Pós-Graduação em Meteorologia- PPGMET.
  • Thomas Rocha Ferreira Universidade Federal de Campina Grande- UFCG Departamento de Ciências Atmosféricas- DCA Programa de Pós-Graduação em Meteorologia- PPGMET.
  • Cleber Assis dos Santos Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Engenharia Agrícola. Programa de Pós-Graduação em Meteorologia Aplicada-POSMET.
  • João de Athaydes Silva Junior Universidade Federal do Pará, PPGCA/FAMET/UFPA.

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v11i25.2904

Palavras-chave:

Intensidade Pluviométrica, Rio Solimões, Amazônia.

Resumo

A bacia Amazônica, com uma área estimada de 6,3 milhões km², sofre influência de diversos sistemas atmosféricos como: convecção diurna resultante do aquecimento da superfície e condições de larga-escala; linhas de instabilidade originadas na costa N-NE do litoral do Atlântico; penetração de sistemas frontais na região Sul da Amazônia e Eventos de ENOS. A consequência direta destes pode ser observada nas variações do nível d’água verificadas nas bacias hidrográficas componentes. Contudo, existem eventos extremos na Amazônia que não estão associados com El Niño ou La Niña, como o aquecimento anômalo do Atlântico tropical Norte. Logo o objetivo deste estudo foi analisar a variabilidade da intensidade pluviométrica na calha do rio Solimões para o ano de 2010 e investigar a severidade da seca marcada na bacia Amazônica, associando aos sistemas atmosféricos atuantes nessa região e causadores desta estiagem severa. Para isto foram utilizados dados de temperatura da superfície do mar - TSM (boias do Niño 3 e 4), e precipitação pluviométrica. Os resultados obtidos mostraram que a intensidade pluviométrica varia ao longo da calha do Rio Solimões, onde o médio e baixo Solimões foram as regiões mais afetadas durante a seca. Este comportamento está vinculado ocorrência dos fenômenos ENOS fase positiva e do dipolo do Atlântico positivo, que são fortes moduladores da precipitação na Amazônia. Logo, observa-se que o Rio Solimões tem sofrido com os fenômenos climáticos que atuam na Região Amazônica, com consequente repercussão nas cidades que se localizam as suas margens.

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Biografia do Autor

Edivaldo Afonso de Oliveira Serrão, Universidade Federal de Campina Grande- UFCG Departamento de Ciências Atmosféricas- DCA Programa de Pós-Graduação em Meteorologia- PPGMET.

Mestrando em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande. Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará- UFPA. Atuou de (2013 a 2015) como Monitor no Laboratório de Estudos e Modelagem Hidroambientais (LEMHA) da Faculdade de Meteorologia. Atuando na linha de pesquisa de Geoprocessamento e sensoriamento remoto aplicado a modelagem hidrológica, estando inserido no grupo de pesquisa de Estudos e Modelagem Hidroambientais da Universidade Federal do Pará- UFPA. Atualmente inserido no grupo de pesquisa de Meteorologia e Climatologia aplicada aos Trópicos, onde desenvolve pesquisa utilizando Modelagem Hidrológica e Sensoriamento Remoto na Universidade Federal de Campina Grande.

Aline Maria Meiguins de Lima, Universidade Federal do Pará. Faculdade de Meteorologia. Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais- PPGCA.

Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1998), especialização em Gestão Normativa de Recursos Hídricos pela Universidade Federal da Paraíba (2007), mestrado em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (2007), com ênfase em análise espacial de bacias hidrográficas. Atualmente é Professora da Universidade Federal do Pará. Tendo atuado como professora da Universidade do Estado do Pará e do Centro Universitário do Pará; e como técnica em recursos hídricos e Coordenadora de Informação e Planejamento Hídrico na Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: recursos hídricos, geomorfologia ambiental, gestão ambiental, sistema de informações geográficas e geotecnia.

Francisco Assis Salviano de Sousa, Universidade Federal de Campina Grande- UFCG Departamento de Ciências Atmosféricas- DCA Programa de Pós-Graduação em Meteorologia- PPGMET.

Possui graduação em Bacharelado em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (1984), mestrado em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos (1991) (nível 7) e doutorado em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (1996) (nível 7). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Hidrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Hidrometeorologia, modelagem hidrológica, climatologia física e estatística do Nordeste.

Thomas Rocha Ferreira, Universidade Federal de Campina Grande- UFCG Departamento de Ciências Atmosféricas- DCA Programa de Pós-Graduação em Meteorologia- PPGMET.

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2016) e é atualmente estudante de Mestrado em meteorologia na Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia, atuando principalmente nos seguintes temas: sensoriamento remoto, SEBAL, índices de vegetação e seca no Nordeste brasileiro.

Cleber Assis dos Santos, Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Engenharia Agrícola. Programa de Pós-Graduação em Meteorologia Aplicada-POSMET.

Mestrando em Meteorologia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa, Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará e Graduado em Ciências Naturais com habilitação em Física pela Universidade do Estado do Pará. Especialista em Agriculturas Amazônicas e Desenvolvimento Agroambiental pelo Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR da UFPA. Integrante do Grupo de Pesquisa em Estudos e Modelagem Hidroambientais da UFPA/IG, de Agrometeorologia e Gestão de Risco Climático da EMBRAPA Amazônia Oriental e de Planejamento e Manejo Integrado dos Recursos Hídricos para o Desenvolvimento Sustentável da Agricultura da UFV.

João de Athaydes Silva Junior, Universidade Federal do Pará, PPGCA/FAMET/UFPA.

Cursou e concluiu a Graduação em Meteorologia na Universidade Federal do Pará (1999 - 2005), onde foi bolsista de Iniciação Científica no período de 2000 a 2005, atuou como bolsista DTI no Projeto LBA (2005 - 2006); cursou e concluiu o Mestrado em Meteorologia, na Universidade Federal de Campina Grande (2006 - 2008), e posteriormente, cursou e concluiu o Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (2008 - 2012). Atualmente é professor da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal do Pará e do Programa de Pós-graduação em Gestão de Riscos e Desastres Naturais. Participa de projetos de pesquisa atuando na área de Ciências Ambientais e Geociências, com ênfase em Meteorologia Aplicada, Clima Urbano, Conforto Térmico, Micrometeorologia, Agrometeorologia, Instrumentação Meteorológica e Hidrologia em ecossistemas: de Floresta, de Manguezal, Urbanos e outros.

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Publicado

18/05/2017

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Seção

Artigos